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Na manhã desta quarta-feira, 30, o prefeito em exercício Eduardo Simchen recebeu em seu gabinete a visita de Josete Siqueira e Maria Cláudia Queiroz (Yá Claudia), representantes de religiões de matriz africana.

Entre os assuntos debatidos estava o resgate da história, tradição e pioneirismo do município de Tapes na realização da Festa de Oxum, evento religioso realizado pela primeira vez em nosso município em 1997, naquela época integrando o Calendário Oficial de Eventos do RS.

A cidade de Tapes também integra um seleto grupo de municípios gaúchos que são banhados por praias de água doce e que possuem um monumento em homenagem a Oxum.

Na oportunidade, o prefeito em exercício ressaltou seu apoio ao movimento de resgate da Festa de Oxum, que deverá ocorrer no município no próximo mês. “Vamos apoiar o resgate desta festa religiosa que é histórica em nossa cidade”, ressaltou.

Outro assunto importante abordado na ocasião foi sobre a história e a tradição da Festa de Oxum em Tapes, que completa este ano 25 anos, e será retratada pelo projeto “Museu em Fluxo”, que busca dar maior visibilidade às práticas religiosas como patrimônio cultural brasileiro, em especial as Festas de Oxum, que acontecem tradicionalmente nas praias da Costa Doce do estado, celebradas no dia 8 de dezembro, Dia de Oxum.

O projeto que será aberto no sábado, 03 de dezembro, no Museu Antropológico do RS, em Porto Alegre, contará com a presença de representantes da Prefeitura de Tapes e figuras importantes das religiões africanas de Tapes, incluindo Josete Siqueira e Maria Cláudia Queiroz (Yá Claudia).

Sobre o memorial

O Memorial do Rio Grande do Sul apresentará “Museu em Fluxo: Oxuns da Costa Doce”, em parceria com o Pontão de Cultura Ilê Axê Cultural, Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá (ASSOBECATY). A exposição em fluxo será no formato de um grande encontro, com a presença dos terreiros, lideranças religiosas, manifestações e realizações de oficinas e contará com uma mostra de imagens das atividades e festas que ocorrem, anualmente, nas praias da Costa Doce. Na data, será lançada a “Rede de Memórias do Batuque do Sul”. A atividade inicial será o curso “Memórias do Batuque do Sul”, com 10 encontros, entre março e dezembro de 2023, ministrado por religiosos que apresentarão suas memórias e histórias, as genealogias das famílias de santo e os saberes do sagrado da matriz africana na formação do batuque.